A promissora indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) apresenta dados de crescimento constante. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), nos últimos 20 anos, o setor cresceu em torno de 11,5% (ao ano). No ranking mundial de consumo de produtos de beleza, Brasil ocupa a terceira posição, perdendo somente para os Estados Unidos e o Japão. Entre os cosméticos mais usados por mulheres brasileiras, os cremes hidratantes são os primeiros da lista, já entre os homens, o produto mais consumido são as espumas de barbear, para ambos os sexos, protetor solar são os mais vendidos.
COSMÉTICOS MAIS USADOS NO BRASIL IMPULSIONAM OS NÚMEROS DO SETOR DE HPPC
A indústria de cosméticos pode ser dividida entre produtos para cuidados da aparência, perfumaria e higiene pessoal. Juntos, esses segmentos respondem por um faturamento anual de mais de 40 bilhões de reais, sendo responsável por quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo a Euromonitor International, as vendas no Brasil cresceram mais de 45% entre 2011 e 2016, considerando a crise econômica, esse número se torna ainda mais expressivo. Tal desempenho deixa o mercado otimista, e, ainda de acordo com a Euromonitor, até 2020, a média de crescimento anual deverá ser de 2,7% – num acumulado de mais 14,3% -, gerando mais de R$ 115 bilhões em vendas.
Os campeões de venda em 2016, além dos cremes hidratantes e das espumas para barbear – no nicho de cuidados pessoais –, figuraram, pela primeira vez entre os cosméticos mais usados, os cremes e outros produtos para cabelos crespos ou cacheados e as loções e itens de cuidados com a barba. Entre os produtos de higiene pessoal: sabonete, creme dental e protetor solar são que mais vendem.
A alta do dólar e a crise econômica fizeram com que os brasileiros passassem a preferir produtos nacionais, e isso foi fundamental para a manutenção do crescimento do setor.
Cosméticos e higiene pessoal para crianças, um mercado em expansão
Um nicho que vem ganhando espaço entre os brasileiros é o de produtos de higiene e cosméticos infantis. Nos últimos cinco anos, esse mercado teve um incremento de 45,6%, R$ 3,93 bilhões (em 2016), de acordo com dados da Revista Exame – via Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). São produtos com fórmulas – texturas, cores, fragrâncias etc. – especialmente criados para os cuidados com a pele e a saúde dos pequenos.
HÁBITOS DE USO E DE ESCOLHA DE PRODUTOS COSMÉTICOS
Os hábitos de consumo de produto de higiene refletem o estilo de vida de cada região do País. A classe C é a que mais gasta, proporcionalmente, com cosméticos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestam que quem ganha entre dois e dez salários mínimos gasta 1,46% da renda com xampu, condicionador e maquiagem.
Um estudo sobre comportamento quanto ao consumo de cosméticos realizado por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), envolvendo 101 pessoas (49 homens e 52 mulheres), entre 18 e 35 anos, com concentração de renda média de R$ 788,00 (em 2015), trouxe dados interessantes para o setor.
Quanto à finalidade do produto: 30 pessoas buscavam tratamento; 28, melhorar a aparência; 26 procuram algo que traga bem-estar; 11, higiene; e 6, prevenção.
O que levam em consideração na hora de escolher entre um ou outro produto (podendo marcar mais de uma opção): entre outros, 61 entrevistados responderam considerar a marca; 58, o preço; 50, consideram indicação de amigos.
Quanto à fidelidade a marcas: 38 mulheres responderam que compram marcas variadas, enquanto 25 homens compram sempre a mesma marca.
Confira a pesquisa completa nos gráficos abaixo.
Os bons números deste mercado chamam atenção de quem busca uma nova oportunidade de negócio. Já pensou em ter sua própria marca de cosméticos? Saiba como terceirizar a produção e avalie a possibilidade e fazer parte deste nicho promissor.